domingo, outubro 11, 2009

O que escrevo se deve a Admiração à NIETZSCHE E SUA RECUSA A TODA NOÇÃO DE VERDADE.

Dentro deste tema fico penso nO QUE SIGNIFICA RESISTIR?
TER RESIStÊNCIA?
A VERDADE pode TER o SIGNIFCADO DE MORTE se QUEM SABE A VERDADE NÃO BUSCA MAIS NADA.
QUEM NÃO BUSCA NADA VAI VIVENDO a VERDADE DE NADA SABER, vai SUPORTAndo ESTE SABER NADA(R)... um outro território desenhado e desejado.

Li [em uma história em Quadrinhos que se chama “Viagem a Tulum” de Frederico Fellini e Milo Manara]
uma frase que me inspira a algum tempo, mais ou menos assiM:
É a curiosidade me desperta pela manhã (Fellini)

Lembro-me de uma grande viagem que dei nascimento dentro de um semestre na formação de psicologia, em agosto de 2005: em minhas metáforas sentei na janela do semestre e me permiti olhar a paisagem através das janelas que eu pudesse alcançar. Passei a descrever em meus registros, aquilo que chamei de DIÁRIO DE BORDO.
Inspirada por um livro que se apresentou e me leu de forma incentivadora imprimi alguma forma de poesia naquilo que eu já estava chamando de “PÉSSIMA VIAGEM”: adentrei UM OUTRO TERRITÓRIO (de Renato Ortiz), ali dentro do semestre.
Este livro, que digo que me leu, é um Ensaio sobre a Mundialização (editora olhod’água) e foi escrito a partir de um programa de apoio de Mestrado em Sociologia. O autor usava termos como: VIAJANTE, VIAGEM, TRANSFORMAÇÃO ESPACIAL e acabou criando um clima de “BOA VIAGEM” às necessárias transformações que engendrei em meus estudos.
Estas partes do livro descreviam como eu sentia como viajante acadêmica:
“uma viagem se prepara [...] ela requer um conhecimento anterior ao seu itinerário [...] ele se movia, os lugares permaneciam fixos, girando em suas órbitas. Era esta descontinuidade espacial que conferia interesse e sabor a seus relatos. O viajante trazia novas informações para os que permaneciam imóveis em seus ‘paeses’ [...] A aventura é essencialmente um acontecimento extraterritorial, um deslocamento no espaço [...] se realiza no terreno distante da vida ordinária [...] experiência de um outro tipo de realidade. [...] A quebra de fronteiras não significa o seu fim, mas o desenho de novos territórios e limites. [...] As dificuldades de comunicação são concretas, como a incompreensão da língua. Porém, [...] ele dispõe de auxílio de um conjunto de experiências [...] que lhe permite passear sem maiores constrangimentos” (países, grifo nosso, de várias páginas).
Foi a partir desta viagem que vislumbrei, pela minha janela, a possibilidades de novos desenhos psíquicos: UM OUTRO TERRITÓRIO PSICOLÓGICO possível!
Estas novidades extraterritoriais inauguraram o meu encontro e a compreensão do OUTRO emocional. Fiz todos os esforços necessários e imposto ao suposto sujeito acadêmico e observador. Esforços conscientes e inconscientes, que dependeram mais da minha boa vontade e desejo de compreender e sintonizar (EMOÇÃO DE VIAJANTE) a pessoa observada! Esforços muito maiores do que qualquer outra lógica ou método. O que foi possível observar foi que devia sempre tratar e ser tratado como um outro sujeito e não uma mera observação. Não um objeto de estudo, mas um sujeito do estudo, complexo, frágil e humano, sempre demasiado HUMANO.

A QUE/QUAL A NOÇÃO DE VERDADE QUE RESISTIMOS? A verdade da dor? Da morte? Do tamanho da angústia que sentimos?
E para onde fugimos? Com que remédios? Qual fuga escolhemos?

Como diria um outro, amigo SKoober, “Não serão todas estas notas as contorções sem sentido de um homem que não quer aceitar o fato de que nada há a fazer quanto ao sofrimento, a não ser sofrê-lo?” Blog Palavra Aguda de Alexandre Magno http://palavraguda.wordpress.com/