sábado, março 13, 2010

xixiixix

ai que dó

Psicanálise e AstroLogia

SIGMUND FREUD

         Os conceitos fundamentais da perspectiva freudiana apresenta numerosas correspondências com as noções astrológicas básicas.
            Para Freud, a realidade individual pode dividir-se em três zonas superpostas: o id, que envolve o conjunto de processos inconscientes; o ego, a instância psíquica cuja atividade consciente tende à realização simultânea, ao mesmo tempo, das exigências do id, e dos imperativos opostos do superego; por fim, o superego, instância de censura, resultante da identificação da criança com seus pais ou educadores, que visa criar uma imagem ideal, rígida, coerciva, da qual o ego sofre a permanente oposição. Daí violentos conflitos com o id e as pulsões instintivas.
            No plano astrológico,                               essa estrutura encontra-se no nível dos pontos cardeais: o id,                                       parte mais íntima do ser, e também a mais obscura, relaciona-se                                         com  o Fundo do Céu; o superego, que marca um projeto                                                                                          de sublimação e de transcendência,                                                 corresponde ao Meio do Céu; o horizonte                                                          Ascendente-descendente (comportamento, relação com os outro, que representa bastante bem o ego freudiano, em toda a sua complexidade.
            Com relação aos planetas, o id está ligado incontestavelmente à lua (universo indiferenciado, vegetativo, infantil, dependência, pulsões inconscientes, imaginário incontrolado); o ego, princípio da consciência e de atividade, aproxima-se do simbolismo solar; enquanto o superego, que é ao mesmo tempo elemento de ordem, autoridade, hierarquia, censura e inibição, pode ligar-se à dupla influência complementar de Júpiter e Saturno.
Na evolução da criança, Freud distingue três períodos característicos: a fase oral, a fase anal e a fase genital, que representa a maturidade, o cumprimento de um desenvolvimento realizado. Astrologicamente, as duas primeiras fases correspondem ao eixo Touro-Escorpião (o sol e o ascendente de Freud; Touro = boca, garganta, absorção; Escorpião = sexo, ânus, excreção, eliminação). Esse eixo é essencial: liga-se à dupla pulsão de apropriação e rejeição, de onde procede uma dupla tendência criativa-destrutiva, que se aplica ao mesmo tempo ao mundo e à própria pessoa.
Essas considerações esclarecem dois conceitos-chave do freudismo: Eros e Tanatos – instinto de vida e criação, instinto de morte e de destruição. Eros designa o conteúdo da libido, isto é, o amor no sentido amplo e sintético – energia que emana da sexualidade, associando ternura e sensualidade, prazer e genitalidade. É o instinto “que busca reunir as partes da substância viva, manter a coesão” (Freud, Essai de psychanalyse). Tanatos aparência então como uma reação de recusa do ego formado que exclui tudo o que pode contrariá-lo ou colocá-lo em perigo, opondo-se em seguida à sua própria metamorfose, o que o leva paradoxalmente a uma  situação congelada, sinônimo de autodestruição e morte. Astrologicamente, a analogia é bastante evidente entre Eros e Vênus de touro, planeta do prazer, do desejo de fusão e de efusão, da abertura, da receptividade, da sedução. As correspondências com Tanatos são um pouco mais sutis. Enquanto planeta regente de Áries, Marte é sinônimo de virilidade conquistadora e de poder belicoso. Seus atributos derivam, antes, do instinto de vida – a busca do espaço vital. Mas Marte está ligado igualmente a Escorpião (mesmo que o signo hoje seja atribuído a Plutão). Esse Escorpião marciano e plutônico desenvolve uma defesa e uma agressividade que resultam às vezes  em um autobloqueio mortal. Vê-se aqui o trabalho de forças de destruição e de autodestruição indispensável a toda a renovação.
(No tema natal, nota-se a importância do eixo Touro-Escorpião: eixo da sexualidade, representa igualmente as funções orais e anais. Sol em Touro, ascendente Escorpião, 06 de maio de 1856, Freiberg Morávia).

AstroLogia

Não é uma ciência, não é necessário acreditar, mas conhecer a linguagem. Requer tempo e desejo...

“A astrologia não pode fazer escolhas de um homem por ele, mais do que um mapa rodoviário, por sua própria vontade, pode escolher se alguém quer ou não fazer uma viagem”.                                                                                                                 Liz Greene apud Rudhyar.

INTRODUÇÃO    O primeiro ensejo desta pesquisa bibliográfica era, em linhas básicas, colocar o que representa a Astrologia, o que não será verificado, como veremos adiante, visto que manteria tal material longe de uma pesquisa científica, pois os propósitos do título, polêmico e a-científico, a astrologia, não se propõe a representar um conhecimento das ciências empíricas, no máximo ficaria no mesmo patamar da sua parente mais próxima, a psicologia. Mas, talvez por causa do período solar em que houve a primeira respiração desta pesquisa, sua essência, influenciada pela emanações taurinas, materialistas e geminianas, racionalistas, impulsionaram e conduziram-na para “águas” mais distantes para ser guardando um espírito mais científico.


Começando com a vida astrológica fragmentada dos tempos atuais (falsetes, adulterações e perversões), que na tentativa de suprir as necessidades coletivas de hoje se deixa fantasiar pelo senso comum, se é que isto seja possível, já que em essência, ela não poderá nunca tornar-se este novo paliativo, melhor fosse, então, que trocasse de nome.

Mais adiante são colocados os novos termos e paradigmas da modernidade, uma nova visão da natureza externa e os campos de pesquisa sobre os seres humanos, que solicitam uma revisão do que são, ou não são, os propósitos para uma astrologia atualizada e colocada no âmbito do pensamento matemático que fornece a forma do conhecimento da astrologia como “álgebra da vida” e não como/porque uma ciência empírica, com conhecimentos organizados da/pela matemática através dos processos de indução científica que formam a base do conhecimento exato.

Fechamos a pesquisa com uma possível hipótese de irmandade entre a astrologia e a psicologia, que supõe-se benéfico para ambas, a não ser pelo fato de que a primeira não se propõe ao “status” de ciência e possui uma “imagem” hermética, mas em muito contribuiria a algumas lacunas na psicologia, que por sua vez já desgasta-se muito em sua diversidade, o que, então, consistiria material para outra pesquisa.

Anexo, para pequena ilustração, vai descrito um BREVE HISTÓRICO e um paralelo DA PSICANÁLISE FREUDIANA E A ASTROLOGIA.


1 . ADULTERAÇÕES E PERVERSÕES

quinta-feira, março 04, 2010

1 perfil 1

Sou Graciliana, como Graciliano: sou uma catadora de ninharias, uma detalhista de inutilidades, um ente mesquinho, numa maneira (uma poeira) muito própria de referir-me a mim mesma. Uma pobre diaba, uma parva, e meus principais personagens não diferem desta cruel imagem na qual me reconheço (a escritora).
“É ao Outro que falo quando PRETENDO dizer do outro que JÁ FUI;
é o Outro que encontro quando PRETENDO apreender nas palavras do outro AQUELE QUE EM MIM SE PERDEU. O Outro do texto opera silenciosamente sobre o definido formato das imagens que me compõem, desforma-os, informa-os, reforma-os; este diálogo opera desde as sombras, mas de forma vigorosa e eficaz. QUANDO O SUJEITO E O OUTRO SE ENCONTRAM PRODUZ-SE UM EFEITO DE VERDADE, a partir disto certas coisas se tornam dizíveis, pensáveis, transmissíveis, utilizáveis...”
“Escrevo porque não quero as palavras que encontro: por subtração”
“não é a pessoa do outro o que necessito, É O ESPAÇO...”
...“escrevo para não ficar louco”. (Barthes)
Já Eu, euzinha, escrevo justamente para poder enlouquecer...
Justamente enlouqueço e escrevo, esqueço... Enquanto isto, subo e desço...