A saga diz devemos ir para
os jardins... algum porto celeste... algum lugar para recuperar nos das
decepções...
Como teria dito Rilke:
“Estou muito só, mas não bastante para que cada momento seja sagrado. Sou muito pequeno neste mundo, mas não bastante para jazer apenas à tua frente com uma coisa, sagaz e secreta. Quero minha própria vontade, e quero simplesmente estar com minha vontade, que se prepara para a ação, e nos momentos silenciosos, que por vezes mal se movem, quando alguma coisa se aproxima, quero estar com os que conhecem as coisas secretas, ou então sozinho.”
A saga contínua continua,
anuncia e acrescenta que após o JARDIM devemos dançar a dança dos GUERREIROS...
Digo a que venho:
Prefiro e, até mesmo quero
que possas falar, mesmo que não concorde com o que diz. O que quero é lhe ouvir
dizendo o que pensa. Talvez até morresse nesta ideia.
Não aquilo que pensam os
outros, nem o que os outros pensam... Eles não podem dizê-lo por ti, só mesmo
você poderá dizer! Quando o outro diz por você ou tenta dizer o que você disse
no seu lugar e “posição” a posição não é sua e ele não pode ocupar o seu lugar!
Os únicos que podem falar de nossa posição somos nós mesmos...
Sua posição é aquilo que você
diz, faz, como diz e como faz e o seu silêncio é só seu e ele também poderá
falar por você [pelo menos enquanto você toma a sossegada posição de silêncio.
Aquilo que o outro diz por você ou no seu “lugar/posição” nunca poderá ocupar o
lugar / tempo do que você poderia ter DITO ou silenciado].
O Outro [qualquer um que
seja, mesmo o silêncio] não poderá tomar sua posição: dizer o que você poderia
ter DITO [passado].
Se quiser ouvir ou
mesmo falar é preciso tomar a posição sem platéia para aplausos às vaidades,
segurar os seus olhos no olhar do outro, segurando e ajudando a segurar o tom
de voz.
Ouvindo o que o outro tem a
dizer e esperando o que ele lhe disser. (Morreria por este direito do outro,
mesmo sem concordar com seus argumentos, parafraseando Voltaire novamente).
Crie monólogos e correrá o
risco de ficar falando sozinho... Se este monólogo for de Gritos corre o risco
de manter TODOS acordados, mas provavelmente não servirei mais de Testemunha
para as Evidências de que NÃO PODEMOS CONVERSAR!
Ou ambos falamos sem
interferências simultâneas e gritos ou não poderei te escutar, minha saúde não
permite e, Ou ambos falamos sem terríveis interferências ou não poderei te
escutar, somente ignorar [não tenho disposição ao monólogo, somente para bons
atore e ótimo texto].
Para tentar evitar
competir no Grito [mesmo o do silêncio] da minha voz grave, grutal e empossada
[sem necessidade de posse. Esta podes pegar junto a toda quinquilharia que
julgas possuir e vá “defecar” no potinho, eu não quero responder a pergunta da
potencia de minha voz ela poderá me levar a falência mortal].
Tenho dito, não
participarei de nenhuma REUNIÃO DE GRUPOS EMPOSSADO que alguma Presidente, que
não conheço e que foi empossada não sei quando, chamar!
Só participo àquela reunião que
suponha diálogo mínimo com a composição básica de uma Diretoria formada há
muito tempo atrás, com sócios fundadores. Nesta estarei lá desejando ouvir e
fazer-me ouvida!
O que quero chamar de diálogo,
não inclui DISCUSSÃO, FALTA DE ABERTURA, GRITARIA, CHORO OU QUALQUER BAIXARIA.
Preciso ocupar meu tempo com paz e desejo que TODOS possam ser muito felizes. Existem coisa melhores que este desejo sem voz e a posição sem voz, a
que grita ou a que silencia... as duas não tem a posição mais importante da
relação: a ESCUTA!
Você não poderá PURAmente se casar
com a Cultura, ela inclui muitos. Inclui muitos tipos de casamentos. Em nenhum
deste possíveis casamentos com a CULTURA a propriedade irá prevalecer – nem
naqueles “contratos” mais perfeitos na sociedade mais evoluída de qualquer
Cultura Humana.
A cultura, que é Feminina, não
aceita qualquer “contrato”, sendo livre ela exige ventre livre às suas filhas [filhas
legítimas da Cultura. Deve haver alguma história mitológica que dê fundamento a
esta ideia]
À Cultura, que é livre, poderá
ser atribuída algum valor, mas ninguém poderia pegar, pagar, comprar ou
possuí-la, somente será possível USUFRUIR e trocar. Propriedade é para DONOS e
cultura não casa...
ESPAÇO ALTERNATIVO
DE PINDORAMA
TUPINIQUIM do MACUNAÍMA na
Semana de Arte Moderna Praieira Dentro da CULTURA ANTROPOFÁGICA (1922)
[Lamonaco... Baggio e Jogador Argentino do Bocca que cobrou 3 penaltis, errando
os 3!
EU SÓ QUERO DUAS COISAS: PAGAR AS PASSAGENS DE IDA, mas SEM VOLTA e
QUE NUNCA
ESQUEÇA A METÁFORA...
Que neste caso não é só a minha, mas aquelas que disseminaram os risos,
até dos palhaços!
Quando uma história [ou estória] faz rir até os Palhaços ela está fada
a fazer rirrsrsrsrsrsrsrsrrs!
Que tristeza!
Mas por que me faço triste?!
Porque não deixo (ou tento
deixar) as tristezas me atravessarem e transformar o meu caminho em algo melhor?
Porque tanto medo da dor e
de sofrer?!
É algum duelo?! Há algo a
proteger de valor?! Há algum valor em proteger algo num duelo que levará
somente a morte?!
A MORTE É SEMPRE A MELHOR
COMPANHEIRA [a morte é sempre um drama também, diria alguém] e a COMPANHEIRA
ideal para a ilusão é sempre uma boa amiga... Ela dispara a flecha que
conduz a algo bem mais verdadeiro, até mesmo para aqueles que acreditam na
possibilidade de alcance da VERDADE, do conhecimento, da liberdade, ou
mesmo da CULTURA...
Na eminência da morte é
improvável, inútil e irrelevante crer, acreditar, conhecer, cultuar ou não...
Ela vem mesmo assim e nos leva se aceitamos ou não, se sabemos ou não da sua companhia. Eu suspeito que a morte possa ser a melhor amiga da VIDA, ambas,
dentro deste meu pensamento são complementares, contínuas e AMIGAS, caminham
JUNTAS:
Quando a vida prevalece à morte é porquê depois de muito
diálogo uma delas cede ouvindo o outro ponto de argumentação. Cede o argumento
mais relevante.
Aquilo que mais posso adorar é a
morte da ILUSÃO. Quando o diálogo acontece entre estas duas instâncias a morte
sempre prevalece e a ilusão ACABA!
Então, amigos, só resta esperar a morte das
outras ilusões que iremos colocar nesta posição: iludir A MORTE! Se prevalece a
VIDA a ilusão acaba [não necessariamente com A morte!]
Me pergunto: Se a vida prevalece, a
ilusão acaba?! Talvez não... dependerá mais de nosso poder de VIDA e
MORTE. A ilusão tende a diminuir conforme nossa rendição [reedição] de certeza
de Morte/Vida?!
Mas dou o braço a torcer, é só MAIS um
pensamento evolucionista!
E
a CULTURA?! O que seria ela?!
Seria
de fácil definição?!
Será
que alguém poderia defini lá?!
Será
que alguém, algum grupo, teoria OU entidade;
de esquerda ou de direita;
da posição ou da
oposição;
do setor público ou do privado pode tomá-la como “propriedade”?
Eu [APENAS] me pergunto...
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