quarta-feira, novembro 13, 2013

Há Sagas...

A saga diz devemos ir para os jardins... algum porto celeste... algum lugar para recuperar nos das decepções...
Como teria dito Rilke:

Estou muito só, mas não bastante para que cada momento seja sagrado. Sou muito pequeno neste mundo, mas não bastante para jazer apenas à tua frente com uma coisa, sagaz e secreta. Quero minha própria vontade, e quero simplesmente estar com minha vontade, que se prepara para a ação, e nos momentos silenciosos, que por vezes mal se movem, quando alguma coisa se aproxima, quero estar com os que conhecem as coisas secretas, ou então sozinho.”
A saga contínua continua, anuncia e acrescenta que após o JARDIM devemos dançar a dança dos GUERREIROS...
       Digo a que venho:
         Prefiro e, até mesmo quero que possas falar, mesmo que não concorde com o que diz. O que quero é lhe ouvir dizendo o que pensa. Talvez até morresse nesta ideia.
         Não aquilo que pensam os outros, nem o que os outros pensam... Eles não podem dizê-lo por ti, só mesmo você poderá dizer! Quando o outro diz por você ou tenta dizer o que você disse no seu lugar e “posição” a posição não é sua e ele não pode ocupar o seu lugar! Os únicos que podem falar de nossa posição somos nós mesmos...
Sua posição é aquilo que você diz, faz, como diz e como faz e o seu silêncio é só seu e ele também poderá falar por você [pelo menos enquanto você toma a sossegada posição de silêncio. Aquilo que o outro diz por você ou no seu “lugar/posição” nunca poderá ocupar o lugar / tempo do que você poderia ter DITO ou silenciado].
         O Outro [qualquer um que seja, mesmo o silêncio] não poderá tomar sua posição: dizer o que você poderia ter DITO [passado].
         Se quiser ouvir ou mesmo falar é preciso tomar a posição sem platéia para aplausos às vaidades, segurar os seus olhos no olhar do outro, segurando e ajudando a segurar o tom de voz.
Ouvindo o que o outro tem a dizer e esperando o que ele lhe disser. (Morreria por este direito do outro, mesmo sem concordar com seus argumentos, parafraseando Voltaire novamente).
         Crie monólogos e correrá o risco de ficar falando sozinho... Se este monólogo for de Gritos corre o risco de manter TODOS acordados, mas provavelmente não servirei mais de Testemunha para as Evidências de que NÃO PODEMOS CONVERSAR!
         Ou ambos falamos sem interferências simultâneas e gritos ou não poderei te escutar, minha saúde não permite e, Ou ambos falamos sem terríveis interferências ou não poderei te escutar, somente ignorar [não tenho disposição ao monólogo, somente para bons atore e ótimo texto].
         Para tentar evitar competir no Grito [mesmo o do silêncio] da minha voz grave, grutal e empossada [sem necessidade de posse. Esta podes pegar junto a toda quinquilharia que julgas possuir e vá “defecar” no potinho, eu não quero responder a pergunta da potencia de minha voz ela poderá me levar a falência mortal].
         Tenho dito, não participarei de nenhuma REUNIÃO DE GRUPOS EMPOSSADO que alguma Presidente, que não conheço e que foi empossada não sei quando, chamar!
Só participo àquela reunião que suponha diálogo mínimo com a composição básica de uma Diretoria formada há muito tempo atrás, com sócios fundadores. Nesta estarei lá desejando ouvir e fazer-me ouvida!
O que quero chamar de diálogo, não inclui DISCUSSÃO, FALTA DE ABERTURA, GRITARIA, CHORO OU QUALQUER BAIXARIA. Preciso ocupar meu tempo com paz e desejo que TODOS possam ser muito felizes. Existem coisa melhores que este desejo sem voz e a posição sem voz, a que grita ou a que silencia... as duas não tem a posição mais importante da relação: a ESCUTA!
Você não poderá PURAmente se casar com a Cultura, ela inclui muitos. Inclui muitos tipos de casamentos. Em nenhum deste possíveis casamentos com a CULTURA a propriedade irá prevalecer – nem naqueles “contratos” mais perfeitos na sociedade mais evoluída de qualquer Cultura Humana.
A cultura, que é Feminina, não aceita qualquer “contrato”, sendo livre ela exige ventre livre às suas filhas [filhas legítimas da Cultura. Deve haver alguma história mitológica que dê fundamento a esta ideia]
À Cultura, que é livre, poderá ser atribuída algum valor, mas ninguém poderia pegar, pagar, comprar ou possuí-la, somente será possível USUFRUIR e trocar. Propriedade é para DONOS e cultura não casa...

ESPAÇO ALTERNATIVO
DE PINDORAMA
TUPINIQUIM do MACUNAÍMA na Semana de Arte Moderna Praieira Dentro da CULTURA ANTROPOFÁGICA (1922) [Lamonaco... Baggio e Jogador Argentino do Bocca que cobrou 3 penaltis, errando os 3!

EU SÓ QUERO DUAS COISAS: PAGAR AS PASSAGENS DE IDA, mas SEM VOLTA e
QUE NUNCA ESQUEÇA A METÁFORA...
Que neste caso não é só a minha, mas aquelas que disseminaram os risos, até dos palhaços!

Quando uma história [ou estória] faz rir até os Palhaços ela está fada a fazer rirrsrsrsrsrsrsrsrrs!

         Que tristeza!
         Mas por que me faço triste?!
         Porque não deixo (ou tento deixar) as tristezas me atravessarem e transformar o meu caminho em algo melhor?
         Porque tanto medo da dor e de sofrer?!
         É algum duelo?! Há algo a proteger de valor?! Há algum valor em proteger algo num duelo que levará somente a morte?!
         A MORTE É SEMPRE A MELHOR COMPANHEIRA [a morte é sempre um drama também, diria alguém] e a COMPANHEIRA ideal para a ilusão é sempre uma boa amiga... Ela dispara a flecha que conduz a algo bem mais verdadeiro, até mesmo para aqueles que acreditam na possibilidade de alcance da VERDADE, do conhecimento, da liberdade, ou mesmo da CULTURA...
         Na eminência da morte é improvável, inútil e irrelevante crer, acreditar, conhecer, cultuar ou não... Ela vem mesmo assim e nos leva se aceitamos ou não, se sabemos ou não da sua companhia. Eu suspeito que a morte possa ser a melhor amiga da VIDA, ambas, dentro deste meu pensamento são complementares, contínuas e AMIGAS, caminham JUNTAS:


Quando a vida prevalece à morte é porquê depois de muito diálogo uma delas cede ouvindo o outro ponto de argumentação. Cede o argumento mais relevante. 
Aquilo que mais posso adorar é a morte da ILUSÃO. Quando o diálogo acontece entre estas duas instâncias a morte sempre prevalece e a ilusão ACABA! 
Então, amigos, só resta esperar a morte das outras ilusões que iremos colocar nesta posição: iludir A MORTE! Se prevalece a VIDA a ilusão acaba [não necessariamente com A morte!]
Me pergunto: Se a vida prevalece, a ilusão acaba?! Talvez não... dependerá mais de nosso poder de VIDA  e  MORTE. A ilusão tende a diminuir conforme nossa rendição [reedição] de certeza de Morte/Vida?!
Mas dou o braço a torcer, é só MAIS um pensamento evolucionista!
         E a CULTURA?! O que seria ela?!
         Seria de fácil definição?!
Será que alguém poderia defini lá?!
Será que alguém, algum grupo, teoria OU entidade; 
de esquerda ou de direita; 
da posição ou da oposição; 
do setor público ou do privado pode tomá-la como “propriedade”?
         Eu [APENAS] me pergunto...

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