Annie e Julian foram levados... pelos estudantes em marcha, se viram arrastados em meio à multidão quando ela saiu aos trancos da Place Contrescarpe e desceu a ladeira até a École Polytechnique, onde os estudantes se multiplicaram no pátio e nos jardins da escola e os tomaram por inteiro, desfilando em protesto pelo pátio principal... (p.41).
1.
“Eles
flanavam pela Pont dês Arts, junto à Íle Saint-Louis, desde as primeiras horas
da manhã...” (p.52) (acrescentar
bicicleta)
...Estava preste a
consolidar suas posições simultaneamente todas as partes do mundo, pulando nas
costas e se pendurando nos pescoços de todas as pessoas e gritando fórmulas...
profundas e malucas para a louca salvação... a Polícia Poética estava prestes a
capturar todos os jornais, bibliotecas, máquinas de impressões e de
conveniências, forçando seus proprietários, com canetas como espadas a
imprimir a não ser mais manchetes de pura
poesia e menu de puro amor, os jornais diários dali em diante seriam
preenchidos por nada além de reportagens de pura poesia que relatasse as
últimas posições e posturas e aparições e manifestações e demonstrações de pura
beleza criadas a partir de todo o tecido da realidade nua e crua assim como as
últimas informações sobre as últimas ações de amor em todo o universo,
publicando todo o amor que pudesse ser impresso e todo o amor que estivesse
apto a matar, se recusando a publicar quaisquer outras reportagens ou manchetes
ou fotos sobre qualquer outro assunto na medida em que qualquer outro assunto
já não era mais Notícias, e até os irretocáveis editores da Revista da Morte a levantar as
venezianas em seus escritórios envidraçados, e estudantes de pintura da
Beaux-Arts desenhavam grandes mensagens fulgurantes em parede de segundo andar
ao longo do comprimento de todas as ruas, poetas escreviam poemas fulgurantes
no papel higiênico desenrolado, e esses poemas loucos e intermináveis eram
pendurados pelas ruas e bulevares, amarrados nos sucessivos postes de luz, e
caíam em espirais em torno das cabeças de civis idosos que agarravam com furor,
lutavam por eles e corriam para casa a fim de fixá-los em espelhos de barbear e
nos muros dos sindicatos e nas paredes dos depósitos e na parte de trás da
Câmara dos Deputados ... assim como nas fachadas de qualquer American Express e
de qualquer prédio suburbano de apartamentos nos arredores de todas as cidades
e nas portas laterais de todos os templos e igrejas, com a palavra amor sublinhada
onde quer que aparecesse num poema. A Revolução Poética estava crescendo e
agitando, transformando a existência e a civilização a medida que vinha
inundando tudo na esquina da Boule Miche... onde Danton observava uma entrada
do metrô e relógios de bolso pendiam de árvores cada um com uma hora diferente
balançando na brisa mas todos indicando que era MAIS TARDE DO QUE VOCÊ PENSAVA...
(p.59 até 61)
http://www.youtube.com/watch?v=Lfs45-RxJh4
http://www.youtube.com/watch?v=cIu1ujt19wQ&list=FLk9pBjjtJt5jfZBP6MV8ofg&shuffle=340
http://www.youtube.com/watch?v=cIu1ujt19wQ&list=FLk9pBjjtJt5jfZBP6MV8ofg&shuffle=340
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calma, vá com calma...